segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Chuva


A vida é uma montanha entalada na garganta

Uma imensidão escrita em um livro

Musicas que já não representão mais nada

Não há ligação

São apenas palavras enfiadas no guarda-roupas

O querer voltar mais ter que seguir

O perfume ainda vem no ar

Não importa o passar dos meses

O gosto ainda vem na boca

A casa não sai da minha cabeça

Primeiro é a sala

E a segunda porta a esquerda

È a de seu quarto

Cama de solteiro encostada na parede

Varias coisas que se ofuscavam no escuro

Outras que nao eram percebidas no calor do momento

Menina má

Será que guarda minhas cartas na gaveta?

Ou esta no meio de um caderno empoeirado em algum lugar qualquer?

Afinal sou dona do tempo

Posso fazer juras e esperar a eternidade pra se cumprirem

E o cachorrinho de pelucia ainda fica em cima da cama?

Ou já esta na estante juntos com presentes de outros

Que assim como eu quebraram a cara?

E quando o celular toca ou até mesmo o telefone de sua casa

Sera que esqueceu ?

Me excluiu da sua vida assim como as fotos do meu celular?

E nos dias que tem quer sair pra algum lugar

Tem vezes que não da vontade de resolver tudo por si mesma

Ainda lembra que eu jamais te neguei isso?

E quando vinha o tédio

E todos estão ocupados?

Era somente um estalar de dedos

Para que o mundo virase segundo plano

Talvez no momento que sinta falta do amor

Virá atraz de mim?

Afinal eu sempre aceitei todas as suas propostas sem fundamento

Eu já me esqueci?

Não isso é certeza

Lembro claramente a cada milesimo de dor

Que me fez sofrer

Todas mentiras disfarçadas de verdades

A porta está fechada
Não estou em sua casa
Sou somente algo fora de sua vida
E quero que seje sempre assim
Mais hoje deixe somente minha solidão falar

E a chuva lavar o meu passado nessa tarde de domingo.

(mai kovac)

Um comentário:

  1. Nussa muito profundo oque vc escreveu, logo vc vai poder escrever um livro so de poemas feitos por vc
    =]

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