sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Consciência







Venha mergulhado em lama

Pois não possuo armas

Temos algumas sementes plantadas

Deveria me carregar nos braços

Ao invés de desejar-me sob seu colo

Está na hora de podar suas asas sujas

Hoje não morrerei

Passo minha vez, jogue o jogo

Sou expulsa dessa casa

Metade da moeda sem valor

Peça perdida de um tabuleiro sem fim

Agora você está na jaula

Dissolva o ódio no seu sangue maldito

Transformastes minha vida em escuridão

Sou o vento frio em sua nuca

Cavando um buraco enfrente a sua lapide

Pensa que sou apenas reflexo da consciência

Mas na realidade te persigo

Devoro-te, absorvo e enveneno

Fuja de mim que te alcançarei

Revelo meu nome

Então me tema, chegou o dia do acerto de contas.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Espetaculo da vida


"Você pode me perdoar de novo

Figura proibida

Não pretendia te machucar

Todas as noites antes de durmir

Só quero fechar os olhos

As palavras não saem de mim

Estão gritando por dentro

Daria qualquer coisa para matar aquele momento

Em que morremos

O vento está forte lá fora

Assim tudo vai embora

Sou somente transição

Vivo das mentiras que não inventei

O soar disperso

Uma piada na qual ninguém ri
Eu me arrependo

Está só reprimida escondida em algum lugar

O adeus inevitavel

Desejo que vá de uma vez

Pois permanece de qualquer forma

Mesmo se não cicatrizar estará sempre aqui

Isso se faz real sem existir

E se avaliar o que ficou no passado

Nota-se que lá é o seu devido lugar

Todos os dias se resumem apenas em respirar

Até chegar o momento do último ato

Onde fecham-se os olhos e também as cortinas".

(Mai Kovac)



sábado, 20 de fevereiro de 2010

Devaneio


"Você esta fora da linha

Fora so traço

Em outro compaço

Se desatou do laço

Embrulho meus sentidos

Aperto os punhos

Para cesar a dor

Talvez não sou hábil o suficiente

Somente hesitar

Sai da minha mente

Sonho inconcebivel

Milhares de faces parecem a sua

De repente olho e não é ninguem

Já não há o café quente de manhã

Inadmissível eu existir na sua vida?

Fios de cabelo já não encostam na minha boca

Mas minha boca se recorda da sua

Seus sentimentos confusos vem ao meu encontro

Os ponteiros regressam a sua morada

Mulher invisivel ou sou nada?

Trocada por um nada ainda maior

Se te sufoca minha compania

O mundo te liberta mas te prende

Tem sentido ?

Tudo o que habita em mim é mentira

Se fosse verdade ainda seria

Demonstrou sair da minha vida de uma vez

Porem ainda me visita todos os dias

Visita da alma

Evita-se a parte física

É um amor ou religião?

Que não se vê mas se tem fé

Entorpece minha força

Lateja o coração

Que relembra momentos mortos

Ainda é o mesmo perfume?

A mesma temperatura

Os mesmos gestos

Eramos duas pensando ser uma só

Passado me arrasta

Eu vivo, respiro o que restou
Entregue a minha loucura

E o que julguei impossivel aconteceu

A partida somente sua

Que permanece por completa em mim".

(Mai Kovac)









terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Menina ilusão


A poluição da cidade

Impede a aparição das estrelas

A frieza da alma

Apaga o brilho dos olhos

O toque que somente vem do toque

Quem arrancou seu coração?

Tudo é tão lógico

Somos um calculo negativo

Para que fazer planos para algo que não se quer?

Menina ilusão

Por diversas vezes

Utilizou a palavra "SEMPRE"

Sem saber o real significado da palavra

Você não sente nada de verdade?

Jurava um amor inventado

Dizia "SAUDADE"

Não escutava meus passos em seus sonhos?

Então por isso fez de minha vida um pesadelo

Cotidiano é somente esmolar amor

Tem sido assim por muito tempo

A partir de você

Comecei a escrever minha história

Mas no seu livro sombrio

Sou apenas algumas linhas

Tais linhas que mau foram lidas

As mesmas esquecidas em algum lugar.



(Mai Kovac)