quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Viagens


Deixo as chaves em cima da mesa

Não tenho casa

minha moradia é cada fim de estrada

Uma viagem um reencontro

Lugares distantes tao perto de mim

Quando me calo, me comunico

Quando nao penso, vem a recordação

Se esqueço, logo me entrego

A bolsa com alça rasgada, cheia de roupas usadas

Olho pela janela tudo passa tão rapidamente

Igual os passaros

Ser intocavel

Meu nome é apenas um numero afinal

Só preciso escreve-lo em um pedaço de papel

Ninguem me conhece

A sensação do afastamento de tudo me engole

Sempre aquela mistura de medo e coragem

Fica somente o que possuo em maos

E a roupa do corpo

Alguns trocados amassados em meu bolso

Me transportam a longas distancias

Unica coisa que me incomoda é o toque do telefone

Há vezes tambem que é o peso da bagagem

Mais sempre é assim

Somente a brisa em minha face

O resto é tudo disfarce

E não quero mais voltar.



Um comentário:

  1. Você conseguiu passar muito bem a sensação de estar sozinha, mesmo passando por tantos lugares, e parece q está solidão lhe traz uma inquietude misturada com paz, muito bom adoreiiii...

    ResponderExcluir