quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Vicio


Incalculaveis vezes

Multiplicadas por numeros extensos

Que desconheço

Se partiu na metade

Logo após se estilhaçou

Minusculos pedaços

Tais deles vivo

Tal deles sou

Como se tudo perdese seu brilho

O que restou

Da lembraça de quem nao ficou?

A tortura de rever

Incontaveis vezes o mesmo filme triste

Entorpecendo os dias tão vagos

Recordação doentia

Persegue-me em sonhos, sempre me devolvendo ao mesmo lugar

Na dependencia inevitavel

O gosto, o cheiro, os gestos , a presença

Quaquer pensamentos se torna um só

Isto por si só é exagerado

Doença que mata aos poucos

Pase-se o tempo e fica indolor

Emoçoes cortadas

Mal pareço protagonista de minha historia

Encontro-me mais proxima de plateia

Somente admirando um espetaculo sem muita participação e nem muito entendimento

Ser humano completamente vazio

Preza na vontade

Perdida na saudade

Conformada em ser apenas metade

Malvado tempo

Roubastes meu vicio

E também minha inspiração.

(Mai Kovac)

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Insista hoje em amar voce

"Insista Hoje em realizar
Tentar é conseguir
Viver é se revelar
Ao mesmo tempo se permitir fluir
Sem saber onde vai acabar
Basta construir
Para se completar
Mesmo sem saber onde ir
Todas as águas acabam no mar
Logo vai sumir
Pasado não foi feito para se recordar
Deixe entao partir
Encontre seu lugar
Tente agora sentir
Nem precisa idealizar
Vem comece a rir
Mesmo sem parar de sangrar
Sofrimento não é para se divertir
Muito menos para se conservar
Devará seguir
O futuro é seu lugar
Para que se ferir
Se é possivel se amar"
(Mai Kovac).

domingo, 4 de outubro de 2009

Oceano


Dou por encerrada A total convicção que mantinha
Entre todos os dias vividos
A força de minha ilusão
Me prendia a momentos que só existiram dentro de mim

Sentimentos fortes demais que sempre leva a caminhos confusos Ingratidão, sempre que buscava amor
Retornava a mim, no mesmo desespero

Mesma verosidade de um rio a encontro do mar

E quando cansava da minha melancolia
Buscava outros corpos para navegar
Outro oceano, onde eu nao poderia estar

Não desejo mais
Buscar novos amores
No receio, de encontrar um igual a este
Que depois se torna pura magoa
E as feridas insistem em permanecer
Desisto de
amores arrebatadores
Que te cegam

Te fazem viver uma realidade inesistente

Com os membros presos a correntes

Sem poder se libertar

Cada beijo contem uma gota de
veneno
E um abraço se torna um golpe fatal certeiro no coração

Te faz acreditar nas frias palavras, como se fossem realmente verdade

Como se houvese algum retorno, do ultimo surpiro de vida

Que se mantem acreditando que daria certo
Acabou, não sei mais ser dependente disso

Me libertei
Meu corpo agora é
jangada
E meu mundo é
oceano.